Análise marxista autogestionária da corrupção na sociedade brasileira:
No Brasil, é muito comum haver pessoas lamentando a existência de corrupção e outros dizerem que ela é a culpada dos problemas nacionais. Porém, no fundo, existe uma certa percepção da corrupção generalizada existente na política institucional (e para além dela). O Brasil sempre esteve envolto em denúncias, escândalos, processos, por corrupção. O acontecimento mais marcante foi o do impeachment do Governo Collor por corrupção, o presidente eleito cujo um dos seus lemas era “caçar os marajás” e acabar com a corrupção. Por isso é necessário entender melhor a corrupção. O que é a corrupção? Quais são suas consequências? O que gera a corrupção? É possível acabar com a corrupção? Se sim, quais são as condições para a abolição da corrupção?
A primeira questão é entender que a corrupção é um fenômeno social, é uma relação social, típica da sociedade capitalista. Apesar de ter existido sob formas diferentes em outras sociedades, é no capitalismo que ela se torna um elemento estrutural de uma sociedade. A corrupção, no seu sentido mais geral, é uma relação caracterizada pela decomposição e deterioração de algo, onde alguém (indivíduo ou grupo) corrompe algo, prejudicando outro (indivíduo ou grupo). Assim, corromper algo significa desvirtuá-lo, destruí-lo. O que foi corrompido está apodrecido, deteriorado. Logo, a corrupção é uma relação social na qual alguns indivíduos ou grupos corrompem algo e cujo resultado é prejudicar outros indivíduos ou grupos.
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